ORAMOS JUNTOS, O PAI NOSSO
TODOS NÓS TEMOS O LIVRE-ARBÍTRIO, E DEUS NOS ACEITA E NOS RECEBEM DO JEITO QUE NÓS SOMOS.
Jesus tinha o hábito de ministrar ensinamentos por parábolas. São
pequenas histórias que contém grandes lições. O povo rude da época não possuía
condições de compreender a amplitude das ideias do Mestre Divido. Por isso, Ele
sabiamente vestiu Suas ideias com uma capa de alegoria. Cada qual identifica
nessas histórias um ensinamento de acordo com seu nível de entendimento.
O espiritismo lança luzes sobre uma série de questões que, por muito
tempo, permaneceram incompreensíveis. É interessante refletir sobre as
parábolas tendo em mente princípios espíritas, como a reencarnação (O mesmo que
ressurreição e ressurgir) e as Leis de Liberdade e de Causa e Efeito.
A parábola do filho Pródigo é emblemática, pelas graves reflexões que
suscita. Dentre elas, chama à atenção a postura do Pai. Ele é instado por um
dos filhos a lhe fornecer recursos para sair pelo mundo. Generosamente, atender
ao pedido do filho. Quando esse retorna, em triste estado, não o recrimina.
Ao contrário, recebe-o com festas e presentes. Perante o outro filho,
que se revela ciumento, também sua conduta é generosa e compreensiva. Vai até o
mancebo e o exorta a se alegrar pelo retorno do irmão que estivera perdido. Ele
compreende as fraquezas de seus rebentos e não se agasta, não recrimina e nem afasta
nenhum dele. É possível vislumbrar na figura desse pai sábio e amoroso a
apresentação da Divindade.
Deus fornece recurso para que Seus filhos se lancem no mundo. Ele dota
todos os Espíritos de variados talentos e permite que façam o que desejam. Essa
postura atesta a Lei de Liberdade que vigora no Universo. Todos são livres para
escolher o modo como desejam viver. Entretanto, é necessário arcar com as
consequências das opções feitas.
Deus não pune ninguém, pois não se ofendem com os erros de suas criaturas.
Ele fornece tantas oportunidades quantas sejam necessárias para que cada
Espírito aprenda suas lições. As reencarnações se sucedem, enquanto o Espírito
constrói em si o respeito às Leis e se pacifica. O Pai de braços abertos ao
filho pródigo simboliza a eterna boa vontade de Deus para com todos os Espíritos.
Ele não se cansa de esperar e jamais deixa de amar, por longas que sejam
a rebeldia ou a ilusão. Afinal, sabe que sempre chegará o momento de glória da
paz conquistada e da harmonia construída no íntimo do ser humanos do Planeta
Terra.
A conduta do pai perante o filho enciumado contém o ensinamento da Lei
de Fraternidade que deve reger as relações humanas. Ele exorta o rapaz a se
alegar pelo resgate do irmão. Tem-se ai a lição de que não é suficiente
obedecer a regras e viver retamente. A plenitude da evolução só se dá quando o
Espírito lança um olhar generoso ao seu próximo e lhe estende as mãos. Pense
nisso!
DOGMA
É uma verdade indiscutível que as religiões impõem para acomodar e justificar certos pontos de suas crenças, na qual a fé se sobrepõe à razão. Não cabem discussões a respeito dos dogmas; eles devem ser aceitos e seguidos. Por esse aspecto, a Doutrina Espírita não é dogmática, pois entende que a fé deve ser raciocinada, e todos os fenômenos devem estar apoiados em Leis Naturais.