domingo, 29 de dezembro de 2013

Vc gosta de histórias? Aproveitem. Vc pode está entre Uma e Outras

Meu nome! Vocês já sabem
A minha história dos outros: “Não é fácil ser lésbica”
Espero que você entenda, e não me julgue antes de lê-la inteira. Sou uma garota comum porem com problemas diferentes. Começando tudo, se iniciou na idade de adolescente, quando tive que crescer encarar uma realidade nova, arranjar um emprego e viver uma vida diferente. Sempre me achei diferente das outras garotas, tanto em pensamentos como em atitudes.
Sempre tive meu lado menos sensível e mais protetor, mais por quê? Uma menina que não brincava de boneca. “Eu era um moleque que corria na rua com os meus amiguinhos, jogava futebol, subia em árvores, brincava de taco, apertava a companhia da casa dos outros, atirava com armas de brinquedo, passava em rampas com bicicleta, jogava bombinhas pra assustar quem passava na rua. Era muito bom!”, maravilhoso viver esta idade que não volta mais.
Na adolescência as dúvidas transformaram-se em certeza e, aos 14 anos, Paula sabia que era lésbica. “Foi difícil me entender e aceitar, por isto entrou em depressão. No entanto, conheci pessoas maravilhosas, amigos que me aceitaram e ajudaram a me entender me fazendo perceber que não sou uma aberração, apenas sou diferente no quesito ‘amor’”. E não somente ela se aceitou como muitos que não concordavam com a homossexualidade acolheram a Paula por conhecê-la. Amizades que superaram as diferenças.
“Minha família também sempre soube, e aos poucos fomos falando no assunto. Eles me entendem e não me cobram por causa disto. Sutilmente eu deixo claro a todas as pessoas próximas a mim que sou lésbica. Ninguém me virou as costas”. Paula tinha certeza da paixão por mulheres. Contudo as experiências demoraram por um motivo bem simples: a dita timidez. Tanto que precisou de uma iniciativa da outra pessoa. “Foi estranho no começo, mas percebi que era o que gostava. Aconteceu naturalmente, mas a iniciativa partiu da menina”.
A estudante de Ciências Contábeis e recenseadora do censo 2010 superou quase todas as etapas que surgiram após a confirmação da homossexualidade, menos a do amor “proibido”. No começo era uma brincadeira com uma colega de trabalho. “No inicio eu não queria, mas aos poucos foi mudando meu olhar. Ela brincava dizendo que queria me beijar, até o dia que deu certo e nos beijamos mesmo. Senti meu corpo tremer, ela sentiu mais que curiosidade. Ela quis mais... e teve mais”, conta Paula.
Os sentimentos estavam se transformando, Paula ficava ansiosa para que chegassem a hora de trabalhar e assim vê-la. Sentia frio na barriga. “Meu dia era sempre bom, por pior que fosse. Ela tem tudo que se quer em alguém”, define apaixonadamente. A primeira vez se tornou várias e queriam estar uma com a outra. Sempre. A relação deixou de ser brincadeira e foram cinco meses de carinho e visitas constantes até chegar o momento de contar para a mãe dela. Na hora a sogra aceitou.
No dia seguinte, percebeu a realidade da confissão, fez um escândalo e levou a filha a 80 km de distância. “Sim, ela foi. Foi porque a mãe dela ameaçou tirar dela a pessoa que ela mais ama no mundo, a irmã. Além de ameaçar suicidar-se”. Cinco meses depois da data da fuga, a situação não se fez diferente.
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A “minha garota” como Paula a chama, é vigiada a todo o momento pela mãe que tem medo que as duas se reencontrem. Vigilância que não nota recados off-line no MSN (Skype) ou reencontros em segredo.  “Não é fácil ser lésbica, muito menos lésbica sem aceitação dos amigos e família. Graças a Deus isso eu tenho. O único problema é a minha ‘sogra’, que não aceita o meu namoro com a filha dela”. 
Sou  Mulher, sou Brasileira, sou Lésbica
Sou Mulher, sou Brasileira, sou Lésbica é um filme documentário que conta histórias de vidas de mulheres brasileiras lésbicas de todas as classes sociais. Dirigido por Vagner de Almeida, coproduzido por Richard Parker e rodado no Brasil. Este documentário faz parte da primeira série dessa trilogia, sobre mulheres cidadãs lésbicas que buscam com força e coragem, a igualdade e o reconhecimento dos seus Direitos dentro da Sociedade Brasileira.
Durante quatro anos, foram entrevistadas 503 mulheres em todo o Brasil e coletadas histórias diversas e incríveis de vidas de lésbicas que lutam por liberdade de expressão e pelo respeito dentro de uma sociedade ainda machista, patriarcal, homofóbica, lesbofóbica e perversa.
Nesta primeira parte de trilogia, o filme, com duração de 45 minutos, trata das questões e temas mais mencionados nas entrevistas com estas mulheres.
Para realizasse esse documentário, foi necessário enfrentar uma série de barreira e, uma delas, entre tantas outras, foi à falta de solidariedade e respeito com essas cidadãs, por parte de muitos segmentos. Segmentos, inclusive, dos quais se esperaria mais atenção e cuidado com pessoas tão afetadas por inúmeras formas de estigmas e discriminações.
Ao longo das gravações, muitas entrevistadas não quiseram ser filmadas com receio de serem denunciadas, mas, no final, deram entrevistas e depoimentos impressionantes. Observou-se também que muitas mulheres se recusaram a pronunciar a palavra “lésbica/s, em função do estigma e do preconceito que este termo traz à vida pessoal de cada uma delas”. Além desta palavra, associaram tal estigmatizarão a tantos jargões pejorativos que escutam seja por familiares, comunidades religiosas extremistas, mídia, na sociedade em geral.
Sou Mulher, sou Brasileira, sou Lésbica. Faz parte da série de documentários anteriores produzido pela Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, entre os quais: “Borboletas da Vida”, “Basta um dia” e “Sexualidade e crimes de ódio”.
Todos esses filmes trazem para o debate a violência que o segmento LGBT sofre na sociedade brasileira, diante de uma sociedade que naturalizou que os direitos não são iguais e que a violência contra essa comunidade continue crescendo não chegando a óbito. Falar da mulher lésbica é muito difícil, pois a sociedade não está preparada para discutir questões associadas a essa comunidade. Os debates e o diálogo ainda encontram em grupos específicos e restritos, não alcançado assim a massa de mulheres homoafetivas de todo esse país.
Esse filme é direcionado para a sociedade geral, e não apenas para segmentos definidos da comunidade LGBT. Trata-se de uma produção para educadores (as), familiares, segmentos religiosos extremistas, ativistas, formadores (as) de opiniões, mídia em geral, trazendo questionamentos e esclarecimentos sobre o que é ser mulher, cidadã e lésbica do Brasil.
O lançamento desde filme, com produção de Prazeres e Paixões, só foi possível graças à parceria com a ABIA e ao apoio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difuso do Estado do Rio de Janeiro-RJ.
http://www.sxpolitics.org/pt/?p=1209#sthash.dCG0f0n3.dpuf
http://www.vagnerdealmeida.com/SMSMSLcriandofilme.html
http://www.vagnerdealmeida.com
"O amor entre mulheres em Roma" Por Regina Navarro Lins
Enquanto as práticas homossexuais masculinas eram geralmente toleradas, as femininas eram censuradas na Roma Antiga. O sexo entre mulheres era taxado de monstruoso, ilegal, libertino, anormal e vergonhoso. Por outro lado, a homossexualidade feminina pode ter feito parte da sociedade romana tanto quanto a masculina, se acreditarmos nas diversas observações depreciativas dos escritores dos séculos I e II – como Sêneca, Martial e Juvenal. 
Os médicos tendiam a ver o erotismo homossexual feminino como uma “doença” que se manifestava através de sintomas masculinizados. Soranus, o notável médico grego que atuou em Roma no século II d.C., acreditava que a causa desses sintomas era a condição física de algumas mulheres que possuíam o clitóris dilatado.
Como costumavam compará-lo com o pênis, imaginavam que a mulher com tal anatomia tinham herdado esses atributos “ativos” dos homens, em vez dos atributos “passivos” considerados naturais numa mulher. Soranus e outros médicos aconselhavam a clitoridectomia, ou seja, a extirpação do clitóris.
Trecho de O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins. Lançamento: 2012.
Premiado em Cannes, filme lésbico "Azul é a cor mais quente" estreia nos cinemas brasileiros
O fim do ano está aí, os sites de cultura já começaram a soltar as suas listas de melhores filmes, shows, CDs e cantores de 2013 e o cinema vem nos surpreender com uma estreia imperdível. Neste fim de semana, nas salas de cinema do Brasil, tivemos a estreia do filme “Azul é a Cor Mais Quente”.
A obra é uma adaptação da história em quadrinhos homônima, escrita e desenhada por Julie Maroh. Considerada umas das melhores histórias de amor de todos os tempos, “Azul é a Cor Mais Quente” foi presenteada com a interpretação visceral da jovem Adèle Exarchopoulos, de apenas 19 anos, que traz beleza e delicadeza aos conflitos pelos quais sua personagem passa ao descobrir sua primeira paixão por outra garota.
“Azul é a Cor Mais Quente” foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano e também rendeu ao diretor o prêmio Fipresci (The International Federation of Film Critics).

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