domingo, 19 de janeiro de 2014

LBL - Saúde Lés

Liga Brasileira de Lésbicas - Saúde Lés
Blog direcionado à Saúde de Mulheres Lésbicas e Bi-Sexuais, com divulgação de pesquisas e campanhas de prevenção de doenças que têm maior incidência no público feminino, em especial nas mulheres que fazem sexo com mulheres.
SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!
Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa muito fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais. 
Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico e muitas vezes, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.
A falta de acolhimento humano por parte do corpo de profissionais de saúde na Rede Pública somada é medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existe, faz com que muitas dentre nós saímos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas. Sem orientação adequada, algumas acham que só desenvolvem câncer de útero, mulheres que têm relações heterossexuais, deixando de prestar a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.
Temos necessidade de efetivar o Plano Nacional do Sistema único de Saúde (SUS), que de uma certa forma, ainda está muito precário no Brasil, também assegurar assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, seja elas Lésbicas, Bissexuais, Transexuais ou Heterossexuais. 
No consultório médico não entra o preconceito e ali, TODAS SÃO BEM VINDAS, independentes de cor, raça, todas as religiões e mudanças de sexo etc.
Principais resultados da pesquisa
- Pesquisas revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso "politicamente correto" de não discriminação.

- No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado, mesmo porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.
- Mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.
- A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas Lésbicas, mesmo porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da felicidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.
- Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitadas (tecnicamente) para abordar o assunto.
-Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e prática sexuais. 
- O resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bisexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explicita e um silêncio de ambas as partes que afeta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.
- As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de caminhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não ao consultórios médico.

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A LBL sugere a leitura completa dos dois links para ambos os públicos


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